Resgate em Vendaxa – Parte Final – Omegastation

Quando Dunia foi chamada aos Jedi, a Twi’lek pensou que eles iram embora deste planeta amaldiçoado. Estava enganada. Ao pousar Shooting Star numa praia, os Jedi trouxeram três humanos a bordo; feridos, desidratados e desnutridos. Uma coisa boa: Mestre Jali Tulang-Sul estava salva, e Dunia nunca se esquecerá o que a Nautolan fez por ela.

Dunia correu e pegou os primeiros socorros (injeções e adesivos de Bacta) e, juntamente com as habilidades curativas de Rama e Mestre Sul, estabilizaram os Corellianos.

A Twi’lek foi orientada a entrar em órbita e aguardar novo contato, mas ela está inquieta.

“Eu não sei, Excel.” Conversa com o dróide. “Alguma coisa me diz que eles precisam de nossa ajuda.”

O dróide, nem um pouco lacônico, emite uma longa sequência de bips e assovios com um certo tom de contrariedade.

“Eu sei, eu sei o que Rama disse.” Ela pensa mais um pouco, liga no console as câmeras da enfermaria improvisada (checando que todos os Corellianos estão bem) e gira subitamente o manche da nave. “Mas eu vou voltar assim mesmo!”

Se dróides tivessem músculos faciais, Excel estaria certamente com uma expressão de indignação.

 

XXX

 

Já sobrevoando o oceano que leva à praia onde deixou os Jedi, a piloto voa o mais rápido que pode. Ao se aproximar do local, ligando a visão telescópica, Dunia consegue ver Sabres de Luz ativados.

“Excel, inicie os canhões blaster! Ninguém se mete com meus amigos!” O dróide obedece.

Dunia observa o momento exato em que o Jedi Negro incapacita Mestre Don e começa sua investida a Rama (seu querido Rama).

Mirando, ela espera que Drao se afaste o suficiente da Jedi Umbaran caída e atira.

“COMA PLASMA, RENEGADO!”

 

XXX

 

Drao não é surpreendido pelo ataque. Ergue um escudo telecinético (que absorve a maior parte do tiro) mas, mesmo assim, é atingido em cheio. Afinal, um tiro de um canhão blaster é um tiro de canhão blaster.

Usando a cortina de areia criada pelos tiros como cobertura, ele foge.

 

XXX

 

Shooting Star pousa na praia. Dunia e Excel rumam em direção dos Jedi. A Twi’lek, levando as mãos à boca, se assusta com a quantidade de sangue na areia, sangue de Mestre Don.

Mestre Sul que, ao lado de Mestre Stass Allie, é considerada umas das mais eficientes curandeiras do Templo e é membro do Círculo interno dos Curandeiros Jedi, já está ajoelhada ao lado da Jedi ferida. A Nautolan se esforça tanto que suas mãos espalmadas revelam as membranas interdigitais vestigiais de sua raça. Dunia administra uma injeção de Bacta na aliada. Os ferimentos são estancados.

Rama carrega Kel Fehu nos braços. Ela está inconsciente mas aparentemente ilesa.

“Aquele Jedi Negro é com certeza poderoso. Incapacitou dois Jedi (um deles uma Mestre Jedi) e ainda resistiu a um tiro de canhão blaster…”

“Incapacitou um Jedi.” Interrompe Fehu com a mente algo obnubilada, ainda nos braços de seu mestre.

“Você está bem, padawan?” Pergunta o Jedi preocupado.

“Sim, mestre. Só meu orgulho foi ferido.”

“É bom que ele seja mesmo. Um Jedi não deve sentir orgulho.” Apesar do sério ensinamento, Rama tem um ar brincalhão. Ele está contente que Fehu não foi gravemente ferida.

“Nós não o devemos deixar escapar, Rama.” A Mestre Nautolan ainda está concentrada nos ferimentos de sua aliada.

“Eu nunca quis viver muito mesmo. Vamos!”

Fehu definitivamente está recuperada pensa Rama.

“Eu vou junto!” Exclama Dunia.

“Não!” Rama é assertivo. “Você levará Mestre Don e os outros.”

“Mas…”

“Nada de ‘mas’! Não podemos arriscar a vida deles. Se não a contatarmos em três horas-padrão, você deve voltar a Coruscant.”

Dunia sabe que isso é o mais racional a se fazer, mas ela não consegue imaginar sua vida sem seus novos amigos… sem Rama. Nos olhos do Jedi Togruta ela vê preocupação genuína e, quando Rama usa seu tom assertivo, é melhor não o contrariar… por enquanto.

“Tudo bem.”

Mestre Sul e Fehu ajudam a levar a Umbaran ferida de volta ao Shooting Star enquanto Rama procura o rastro de Zhe-Drao.

Em poucos minutos, a Twi’lek decola com o coração pesado e sussurra mais como uma prece. “Que a Força esteja com vocês, queridos.”

 

XXX

 

Um bando inteiro de Acklays é abatido pelos Jedi. Como Fehu sente falta da Névoa Jedi que Mestre Don conjurava. O rastro deixado pelo Cerean ferido é facilmente seguido. Rama calcula que ele está usando um caminho alternativo ao Corvette Corelliano caído.

“Você acha que ele tentará usar a nave para escapar do planeta, mestre?”

“É possível, padawan.” Replica o Togruta.

Pouco mais de uma hora-padrão se passa e os três Jedi têm seus caminhos cortados por um caudaloso e violento rio. Uma árvore gargantuana foi recentemente derrubada para servir de ponte e o rastro de sangue continua por ela. Subindo no tronco (largo o suficiente para duas pessoas andarem lado-a-lado), os Jedi continuam sua caçada.

Vocês caíram na minha armadilha mais fácil que um Anooba embosca um Eopie em Tatooine diz a voz mental de Zhe-Drao para os Jedi.

Rama e Jali sentem a investida mental poderosa e reforçam suas defesas psíquicas com toda disciplina que Mestre Yoda lhes ensinou. Fehu não tem tanta sorte, sua mente arde em chamas que só existem no plano astral e, atordoada pela dor lacerante, ela cai no rio. Mestre Sul pula no rio para salvá-la.

Rama não consegue vê-lo com seus olhos mas a ecolocalização dos Togruta detecta a presença de um humanóide (escondido de sua mente com uma sugestão mental, Rama imagina) na extremidade oposta do tronco.

Ele sente um pulso telecinético vindo em sua direção. Rama-Vatar é adepto da Forma V e suas variantes (Djem So e Shien). Nesta Forma de combate, ele aprendeu a utilizar a força do atacante contra ele mesmo e, tendo isso em mente, o Jedi, ao invés de tentar bloquear o pulso, o desvia de seu caminho com sua própria telecinesia e o reflete ao Jedi Negro com toda sua potência (a original somada à sua). O Cerean é violentamente projetado de encontro à outra árvore que treme com o impacto. Não dispondo mais da preciosa concentração necessária para se manter poderes mentais, ele é forçado à visibilidade.

“A sutileza e a habilidade muitas vezes derrotam a força bruta.” E Rama ativa seu Sabre de Luz.

Furioso, Drao avança.

 

XXX

 

Nativa de um mundo aquático chamado Glee Anselm, a Nautolan meramente sente a força da correnteza. Ela já consegue ver a Zabrak (ainda atordoada) indo ao fundo do rio e se afogando. Rápida como um Peixe-Garra Colo, Mestre Sul a alcança e a leva à superfície, às margens do rio.

“Você está bem, padawan?”

“Sim, mestre. Só estou cansada… de ser atordoada.” Fala Fehu tossindo e cuspindo água.

O som facilmente reconhecível de uma batalha com Sabres de Luz é ouvido pelas duas.

Elas observam Rama e Drao presos na dança marcial sobre o gigantesco tronco da árvore. A ponte improvisada treme com a força dos golpes do Cerean utilizando um único sabre (o de lâmina prateada). Rama absorve cada ataque, desviando com seu Sabre de Luz azul, e contra-atacando rápido até mesmo para os reflexos do Jedi Negro.

Drao prende a atenção do Jedi em seus ataques corpo-a-corpo e é tarde demais quando Rama nota a ativação de dois outros sabres flutuando (um de lâmina azul e outro verde). O Togruta não consegue se desvencilhar do sabre de Drao para se defender de mais dois ataques.

Para o que eu pretendo fazer com você, não precisará mais de seus braços Jedi. Seu poder é incrível. Vou mantê-lo vivo por mais tempo que você suportar! Diz Drao telepaticamente.

Os sabres flutuantes cortam o ar em direção aos braços de Rama, tentando amputá-los. Mas o Togruta não está sozinho e as duas lâminas são interceptadas pelos sabres de uma Zabrak e uma Nautolan.

“Mestre Sul e… a criança… ainda viva? Abandone seus amigos e fuja enquanto ainda pode, padawan.” Diz o Cerean à Fehu. “Não percebe que não pode contra meu poder?”

“Eu aprendo de vagar.” Rebate a Zabrak, destemida.

Os olhos negros, sem pupilas nem pálpebras, de Mestre Sul brilham e, num golpe certeiro, destrói o sabre flutuante.

“Chega de vantagens para você, Renegado!”

Uma troca de passadas e rapidez de um relâmpago fazem a Nautolan se aproximar ao lado de Fehu, sua lâmina esverdeada mira no cabo do sabre que a Zabrak enfrenta e o destrói.

Furioso com a destruição dos seus estimados sabres, Drao libera seu sabre do contato com o sabre de Rama e faz uma acrobacia, terminando seu movimento mais próximo de Fehu.

O Cerean desarma Fehu facilmente e, no mesmo golpe, apara o sabre de Mestre Sul. A mão livre do Jedi Negro segura o pulso da jovem Zabrak e…

…E nada acontece.

Eu finalmente anulei o acesso de Drao aos seus poderes. Subjuguem-no! Diz uma voz conhecida na mente dos três Jedi.

“Você está derrotado e preso, Renda-se!” Comanda Rama-Vatar.

“Derrotado?” Ele ri debochando. “NUNCA!” Apesar de Drao estar privado de suas habilidades, ele ainda segura um Sabre de Luz em sua mão e tenta matar a Zabrak presa pelo pulso.

Tudo é muito rápido para Fehu perceber.

Rama pula como um experiente ginasta. Ele, ainda no ar, decepa o braço de Drao que segura o sabre na manobra chamada Cho Sun. Mestre Sul se agacha e, na técnica Mou Kei, separa as duas pernas do Jedi Negro.

Drao ainda segura o pulso de Fehu porém, com um chute ensinado por Mestre Cin Draling, ela o arremessa longe.

O corpo mutilado de Zhe-Drao cai no rio e ele se perde de vista.

 

XXX

 

“Então, esse era o plano da Mestre Don?” Pergunta Fehu incrédula. “Para melhor controlar a mente de Zhe-Drao, ela se deixou ser tocada por ele e passou uma parte da sua mente para a mente dele?”

“Aparentemente.” Responde Rama. “Ela provavelmente não nos falou seu plano para não correr o risco de que Drao lesse nossas mentes com os poderes dela.”

“Fantástico!” Se empolga a Zabrak.

Rama balança sua cabeça num sinal de desaprovação amistosa.

“Bem, temos que contatar Dunia.” Lembra Mestre Sul.

O comlink do Jedi apita antes.

“Rama? Como vocês estão?”

“Dunia? Como sabia que íamos lhe chamar?”

“Bem, eu já estou a caminho.” Ela tenta mudar de assunto.

“Dunia? Onde você está?” Pergunta ele mais incisivo.

“Próximo à caverna da praia, agora. Chego aí em poucos minutos.”

“Você não seguiu nossas orientações?”

“Claro que não! Como eu posso ficar no espaço sem fazer nada enquanto vocês correm perigo aqui?” Responde a Twi’lek, quase rindo.

Como ela é teimosa! pensa o Jedi. E como Rama adora isso…

Rama-Vatar

Fim… por enquanto.

6 thoughts on “Resgate em Vendaxa – Parte Final – Omegastation

  1. Olá, pessoas queridas!! Mas um conto finalizado de nossos heróis! YAY
    Brigado por tudo, galera.
    Ah, antes que eu esqueça, meu amigo Trent coloriu especialmente a figura do Rama pros fãs do Togruta!! YAY O Trent é foda!!
    Bjs
    See you all next week, quer dizer, semana que vem não vou postar conto, vou ter visitas aqui em casa… mas na outra, podem contar, ok?
    Bjs [2]

  2. De fato, o Trent é foda, apesar de odiar imitações e zuar comigo direto =D.
    Caraca, essa série com o Togruta rendeu bons momentos, principalmente nesta luta ao lado de sua mestra. E agora ele mostra a sua faceta de pegador, HEHEHE.
    Aguardaremos de que tema será o proximo conto.

  3. ^^ é, verdade… o Drao tá tão morto quanto eu! hauaahauahauahau
    Hummm… Jedi in love is Jedi in Trouble! hauhauaa

  4. EEEEEE, ACABOU! Foda como sempre, Fabio.

    Você escreveu "de vagar" algumas vezes. E no outro conto (esquecid e falar), você escreveu "Sabre de Luz vermelha" mais do que deveria. As regras de concordância não permitem tais erros, como o senhor deve muito bem saber. Além disso, vírgulas estão fora do lugar e…

    Jedi!love sempre é divertido, mesmo que invariavelmente dê em merda. PQP, sempre é angst pra lá e death pra cá… Mas bah. Dunia chutou bundas foda e YAY RAMA/DUNIA CANON! TRÁ-LÁ-LÁ!

    E eu simplesmente adoro quando noobs se fodem mas dão um upgrade em badassice, então YAY FOR FEHU!

    Sou só eu que quero, mas vou falar mesmo assim: MANTENHA O DRAO MORTO. Keep the legacy.

    That's all, folks.

    PS: Você percebe que tem SÉRIOS problemas quando a frase "Drao libera seu sabre do contato do sabre de Rama" te agrada mais do que o socialmente aceitável. SOCORRO!

  5. @Thais: ahuaaua brigado amiga! Bem, na verdade eu acho que o correto é 'Sabre de Luz vermelha' sim, amiga! Já que o que é vermelho é a luz emanada da lâmina do Sabre e não o sabre em si; eu imagino que 'Sabre de Luz vermelho' indicaria que o cabo do Sabre é vermelho (o que muitas das vezes é prateado/metálico). Vou tentar rever as vírgulas, sim. Outra coisa, eu não posso escrever SEMPRE ação/ação, alguns momentos "de vagar" são necessários, eu acho. Brigado, fofinha! Bjs
    P.s.: Seu "p.s." foi ótimo hauahauahaua não notei o duplo sentido até agora hauahuahauahua

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